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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Seminário Brasil, questões e desafios atuais


Seminário Brasil, questões e desafios atuais aprofunda o modelo de desenvolvimento em curso no país

Escrito por  Willian Bonfim

Seminário Brasil, questões e desafios atuais aprofunda o modelo de desenvolvimento em curso no país
Dias 20 e 21, o Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia-GO, se tornou espaço de debate do modelo de desenvolvimento em curso no Brasil, do qual participaram cerca de 100 lideranças representando 40 movimentos sociais brasileiros, no Seminário: Brasil, questões e desafios atuais. Esta atividade é fruto do planejamento 2011 da Recid e foi organizado coletivamente em parceria com as organizações socais.
“Entender para lutar, lutar para entender”, com esta frase Graciela Rodrigues, da Rede Brasileira pela integração dos povos (Rebrip), chamou a atenção para a importância de fazer a ligação entre teoria e prática de forma permanente, na primeira Grande Roda de Diálogo que discutiu o modelo de desenvolvimento em curso no Brasil.
Em função da sua experiência, no acompanhamento às relações internacionais do Brasil, ela chamou a atenção sobre a necessidade de compreender que condicionantes, no âmbito global, vão determinar e interferir na política brasileira. Segundo ela, num mundo globalizado, os países estão cada vez mais condicionados pelo sistema econômico.
Visão com a qual concordou João Pedro Stédile, da coordenação do Movimento Sem Terra. Para ele, no Brasil a economia é completamente dependente e subordinada ao capital financeiro internacional, que tem o poder de decidir os rumos da política e da economia. Em sua análise, o governo, neste cenário, tem pouca autonomia para tomar decisões.
Para Stédile, o governo Dilma, como herdeiro do governo Lula, tem a mesma natureza de composição de classes. “No governo Dilma tem desde os capitalistas financeiros até os trabalhadores mais empobrecidos”, disse, ressaltando que isso gera uma conformação onde há múltiplos interesses e conflitos em disputa.
João Pedro ressaltou aspectos importantes do neodesenvolvimentismo em curso no Brasil (priorizar o Estado ao mercado; direcionar dinheiro público para investimentos públicos; fazer distribuição de renda via programas de transferência como o Bolsa Família). Contudo, ele disse que este modelo é insuficiente para resolver os problemas mais estruturantes do povo brasileiro.
O Governo Dilma, em sua avaliação, tem pela frente quatro grandes desafios: a) o superávit primário; b) a dependência da China; c) a fuga de capitais; d) a taxa de juros praticada no Brasil. “A taxa de juros paga pelo povo brasileiro de mais de 45% é irracional”, afirmou.
Neste cenário, disse Stédile, os desafios colocados para a classe trabalhadora são reforçar o trabalho de base e a conscientização, conforme a inspiração inicial de Frei Betto, sobre o trabalho do Talher/Recid; estimular as lutas sociais; ampliar os espaços de formação política e ideológica; e investir na formação da juventude, como o ator que fará as mudanças necessárias.
O professor do Instituto de Economia da UFRJ, João Sicsú, ressaltou, em sua análise, que o Brasil fez um desenvolvimento significativo nos últimos anos. E fundamentou a afirmação com alguns dados: o aumento de 60% em termos reais do salário mínimo; a criação, no último ano, de 1.400 milhão de empregos com carteira assinada; a ascensão de 40 milhões de famílias à classe média.
O economista destacou que esses resultados foram fruto de uma mudança de rumo do governo Lula, particularmente, no final de 2005 e 2006, rumo à perspectiva neodesenvolvimentista. Por outro lado, Sicsú afirmou que um projeto de desenvolvimento não pode ser elaborado e decidido apenas dentro dos gabinetes e universidades. “Um projeto nacional precisa ser construído pela sociedade; não é apenas uma equação econômica, mas política”, disse.
Os/as educadores/as e os militantes sociais, à tarde, se encontraram nos Círculos de Cultura para aprofundar e debater outros eixos identificados na preparação da atividade: Brasil sem pobreza e miséria; Democracia e reforma do sistema político; Educação popular, movimentos sociais e políticas públicas. O grupo também organizou uma animada noite cultural.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Perspectivas da agricultura familiar e o diálogo com os produtores da reforma agrária


Perspectivas da agricultura familiar e o diálogo com os produtores da reforma agrária





Perspectivas da agricultura familiar e o diálogo com os produtores da reforma agrária
  •                       Foi a convite do Vilson Santin, representante da Coopertel,Cooperativa Regional Agropecuária Terra Livre, que reúne os assentados de Ponte Alta e Correia Pinto, que a Rede de Educação Cidadã foi convidada para participar da quarta rodada de reuniões de um processo de aproximação entre a cooperativa e agricultores/as familiares de Bom Jardim da Serra, um pequeno município do Planalto Catarinense, situado no sopé da Serra Geral, área de recarga do Aquífero Guarani com densas matas de Araucárias. O relato que segue fala das perspectivas do reordenamento do sistema agrícola a partir de uma construção em rede entre produtores rurais,  agroindústrias e desenvolvimento de produtos aliados ao selo TERRA VIVA – Produtos da Reforma Agrária.
  •                    O diálogo entre Santin e o Prefeito de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Macari, avança no sentido de criar perspectivas reais de emancipação econômica aos pomicultores da agricultura familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS). Um jeito diferente de organização entre agricultores/as as relações de trabalho e produção, beneficiamento e agregação de valor à maçã, ampliação das opções de comercialização, venda e troca por aquilo que é preciso para viver. A organicidade em torno da concertação, entre diversos agentes econômicos, sociais e políticoscomo metodologia desta ação em rede, entre gestores públicos e organizações de agricultores/as familiares e da reforma agrária. Estão colocadas as condições necessárias para a construção de um processo inédito, dialético, dialógico e participativo.
  • DSC02160Além de representantes do Poder Executivo e Legislativo Municipal, Unidades Escolares, Secretaria de Assistência Social/CRAS, Consórcio Nacional de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local - CONSAD Serra Catarinense, Banco do Brasil, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS), e um grande grupo de agricultores/as familiares de Bom Jardim, situado no sopé da Serra Geral a 1.245 metros acima do nível do mar. A principal atividade econômica para muitos destes agricultores é a produção de maçã em pequenas áreas. As criações de animais aliadas a outros tipos de cultivo para a subsistência e a coleta de pinhão nas matas de Araucária, complementam a renda e a segurança alimentar destes agricultores, constantemente sujeitos a diversas intempéries, condições climáticas extremamente adversas de frio, geada, gelo, neve e granizo.

  • DSC02162As condições de mercado, assim como estão colocadas aos pomicultores da agricultura familiar, são desfavoráveis do ponto de vista da sustentabilidade dos pomares, isto também representa uma grave adversidade. As empresas do agronegócio oferecem estrutura de câmara fria e toda a logística necessária no momento da colheita, em definem o preço as ser pago, por cada categoria/kg de maçã, aos agricultores, que não tem escolha, ‘tem que vender a qualquer preço’. Somado a isso, o custo de produção praticamente torna insustentável ‘tocar o pomar’. Este é um aspecto influente na caracterização dos produtores de maçã de toda a microrregião, frente à conjuntura do sistema agrícola capitalista hegemônico. Como criar perspectivas para emancipação desta condição injusta de comercialização que agricultores/as foram colocados? Movidos por estes questionamentos e perspectivas, João Cristiano abriu a reunião propondo a pauta e logo em seguida informou que as políticas do Programa Brasil Sem Miséria passam por um Cadastro Único para Programas Sociais incluindo Luz para Todos, Água para Todos e Bolsa Verde, Informou João Cristiano, da Secretaria da assistência Social. Falou da lista dos produtos que podem ser vendidos, com os valores aproximados. Afirmou que o Prefeito disponibilizou uma sala com água, luz e telefone junto a Secretaria de Assistência Social, como escritório provisório da Coopertel e base de organização em Bom Jardim da Serra.

  • DSC02161 Rui Neto, representando o CONSAD Serra Catarinense, conversou sobre o funcionamento e condições para participar do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, operado através da Coopertel via Conab. Ressaltou importância da participação do Conselho Municipal de DRS a Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP para cadastro de oferta de alimentos, processo de entrega, controle e liberação do pagamento ao agricultor. Informou que cada agricultor pode vender até R$ 4500,00 em alimentos para o Programa Aquisição de Alimentos (PAA). Rui explicou esta é uma das ações do Fome Zero e tem como objetivo garantir o acesso a alimentos em quantidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional. Visa também contribuir para formação de estoques estratégicos e permitir aos agricultores familiares que armazenem seus produtos para que sejam comercializados a preços mais justos.
  • DSC02165      Vilson Santin, falou do processo de construção da Coopertel, a luta dos agricultores sem-terra, vindos de outras regiões, acostumados em condições de solo e clima diferentes daquele do Planalto Serrano. O Assentamento Anita Garibaldi nasceu em 20 de junho de 2003, em 2004 os assentados colheram amendoim, pipoca, batata-doce, mandioca, melancia, batata inglesa, milho e feijão, desmistificando ao passar dos anos a terra ociosa e improdutiva. Apresentou a farinha de abóbora, uma novidade para a produção de panificados, além da linha de doces e conservas. Falou dos princípios do verdadeiro cooperativismo, da participação dos associados e organicidade da gestão, sem patrão nem empregados. Enfatizou os valores éticos, confiança, solidariedade, promoção da dignidade e valorização do trabalho humano. Ao completar a fala sobre autogestão, convidou agricultores/as de Bom Jardim para participarem da assembléia da Coopertel.
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  •   Para falar do DRS-Fruticultura, Jade explicou enquanto estratégia do Banco do Brasil para impulsionar o desenvolvimento sustentável, por meio da mobilização de agentes econômicos, sociais e políticos, para apoio a atividades produtivas economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, por isso tem ótimas referências da Coopertel. Comentou do acesso ao microcrédito e outros financiamentos, enfatizou que a capacidade de mobilização e organização em rede, são características de DRS. Dialogou no sentido de formar uma equipe gestora e finalizou falando sobre a possibilidade de fazer um estudo, sobre os possíveis subprodutos  da maçã.
  • DSC02166    A parceria para desenvolvimento de tecnologias para processamento de alimentos em geral, já existe entre a cooperativa e a Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, foi posto em prática para a produção de extrato e molho de tomate produzido pelos assentados do município de Caçador, e também no beneficiamento da farinha de abóbora em Ponte Alta, portanto é possível realizar um estudo de viabilidade para uma agroindústria dos subprodutos da maçã, afirmou Santin.DSC02164
  •        O presidente da Câmara dos Vereadores e representante do Prefeito na reunião confirmou a disponibilidade do ônibus da prefeitura a todos/as que queiram participar da assembléia da Coopertel em Ponte Alta.
  •        Tomás, representante no núcleo da RECID no Planalto Catarinense, pediu a palavra para fazer a ligação entre a Educação Popular e o processo emancipatório que está sendo construído, parabenizou a consciência política dos agricultores de Bom Jardim e afirmou que, o prefeito pode ter tomado a iniciativa em possibilitar que esta parceria aconteça, porém serão os agricultores que vão fazer funcionar, tanto as políticas do PAA, como também botar em prática a capacidade de organização, participação e controle social das políticas públicas. Isto é um verdadeiro processo de educação popular, autogestão e economia solidária, corroborou com o Rui e o Santin, quando falaram da necessidade de um trabalho de base continuado, e o quanto é importante que os agricultores encontrem meios para diversificar a produção, além da maçã, preferencialmente por aqueles alimentos produzidos por métodos agroecológicos de cultivo.
  • Ao final do evento, após os encaminhamentos, algumas caixas de alimentos agroindustrializados pela Coopertel foram distribuídas entre os participantes, que levaram para casa algumas amostras da linha de alimentos produzidos pela Coopertel

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Reunião Ampliada - foco na Organicidade

Acontece de 16 a 18 de setembro a Reunião Ampliada da RECID que terá como foco principal uma análise da organicidade da Rede em todo país. Participarão dessa reunião um representante da RECID de cada estado mais a Comissão Nacional (CN) e o Talher Nacional.
O objetivo é lançar um olhar para a nossa organicidade a partir da leitura da avaliação dos estados e aprofundar teoricamente o sentido de rede para então planejarmos nossas ações.

Assim, estamos aqui reunidos pensando em como será esse momento.

Sandra Sangaletti
membro da CN pela região sul




segunda-feira, 6 de junho de 2011

IV Ciranda debate conjuntura da comunicação na ótica dos movimentos




A leitura e cenário das comunicações no Brasil na visão dos movimentos sociais foi o debate da tarde do terceiro dia da 4ª Ciranda de educação popular, 27
Os educadores e educadoras da Rede Educação Cidadã aprofundaram no quarto dia de debate sobre a comunicação que temos hoje no Brasil. A roda de conversa foi facilitada por represen tantes dos movimentos de lutas pela democratização dos meios de comunicação.
alanAlan C amargo  da Associação Brasileira de Rádios Comunitária do Rio Grande do Sul (ABRACO/RS) o histórico do modelo de concentração dos meios de comunicação no c ampo da rádio difusão, falou do  processo de dominação das empresas privadas sob a malha telefônica (privatizações) e apresentou dados que comprovam a perseguição às rádios comunitárias. Em 1988 existiam mais de 30 mil transmissores de baixa freqüência (aparelho essencial para funcionamento de uma rádio comunitária) e depois da legislação sobre as rádios esse número caiu para 4200 a partir intervenção da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e da Polícia Federal, reduzindo assim o poder das rádios comunitárias.
“Precisamos fazer a 'reforma agrária' no espaço da rádio difusão”

Aprofundamos o papel da internet como elemento estratégico para superar os desafios no campo da democratização da comunicação. Paíque do Centro de Mídia  Independente (CMI) e Conceição Rosa do portal Adital falaram de suas experiências de militância no espaço da internet e dos desafios que precisamos enfrentar quanto a estruturas e produção de conteúdo simbólico.
Cristiano Navarro do jornal Brasil de Fato apresentou a política editoria do jornal, colocando que o seu horizonte é a construção do projeto popular para o Brasil e reforçou que o jornal é um dos símbolos de luta no campo das comunicações.
Educadores e educadoras que contribuíram para o debate puderam apontar possibilidades de articulação e parceria mais concreta com os coletivos representados nesse encontro nos estados, com objetivo da aproximação dos educadores e educadoras nos espaços das rádios comunitárias.
Equipe de comunicação da 4ª Ciranda de Educação Popular


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Notícias da Macrosul 2011. Cultura popular marca encontro dos três estado do Sul


"Amor de longe, benzinho
É favor não me querer, benzinho
Dinheiro eu não tenho, benzinho
Mas carinho eu sei fazer até demais..."

Nesse ano o nosso encontro aconteceu em um centro de vivências, que se chama Caminho de Nazaré, construído em meio à natureza e cujas edificações feitas a partir de materiais reaproveitados reúnem beleza e arte à preservação ambiental. A alimentação preparada ali mesmo com muito carinho trazia forte característica da culinária açoriana, tradicional na região litorânea, com peixes, berbigão, pirão, saladas e pães caseiros.
A programação do encontro foi bastante dinâmica utilizando-se de diversas metodologias a fim de estimular os diversos sentidos proporcionando assim que todos participassem.
Reunimos-nos em grupo para discutir a conjuntura, ouvimos a fala de representantes de Movimentos Sociais e do Governo Federal, debatemos. No dia seguinte, saímos do Centro de Vivências e fomos nos reunir com outros movimentos sociais e com o Ministro da Secretaria Geral Gilberto Carvalho. Ouvimos muito, mas também falamos. De volta ao Centro de Vivências retomamos o objetivo de avaliar nosso trabalho. Usamos a criatividade para transmitir através de desenhos nossas impressões sobre o que havíamos vivenciado naquela manhã. Foi um exercício de reflexão muito exigente! Mas foi bom sair das falas esperadas de toda reunião de movimento. Ensaiamos uma forma nova de comunicação através da Estética do 
Oprimido.
Ao mesmo tempo em que trabalhávamos havia uma comissão, que chamamos de Ciranda, desenvolvendo atividaades pedagógicas com as crianças filhos e filhas dos nossos companheiros.
Na noite cultural conhecemos danças populares. Com a ajuda da Eva soltamos o corpo e o espírito e nos entregamos ao ritmo da Alfaia para dançar a Ciranda, a Dança do Caroço, a Dança do Jacaré Poiô e outras tantas. Ao final estávamos quase sem fôlego, mas com o sorriso nos lábios, lágrimas nos olhos o corpo mole e a alma leve.
O terceiro dia foi dedicado a Organicidade da RECID. Falamos sobre o papel do Talher Nacional, da Comissão Nacional, da Coordenação regional, da organização regional e referendamos os nomes da Sandra e da Luzia, indicadas pelos estados de Santa Catarina e Paraná respectivamente para atuarem na Comissão Nacional nesse próximo período.
Ainda nos reunimos para avaliar o encontro. Pena que isso não aconteceu todos os dias assim poderíamos rever algumas 
coisas a tempo de tentar fazer de outro jeito para ser bom para tod@s.Em fim nos despedimos para nos reencontrarmos ainda esse ano no mês de setembro no Paraná.







 




sexta-feira, 6 de maio de 2011



Nesse mês de maio irá realizar-se em Florianópolis o Encontro Macro Sul da Rede de Educação Cidadã. O encontro. que acontece já há 8 ano.s deve reunir cerca de 50 educadores populares dos três estados da Região Sul do Brasil; além de educadores de outros estados que virão participar a atividade e  do Talher Nacional que acompanha os trabalhos da RECID em todo Brasil.
O objetivo desse encontro é avaliar o processo desenvolvido no último ano e planejar o próximo período tendo presente o projeto do Governo Federal de erradicação da pobreza no país. Na oportunidade haverá uma analise de conjuntura feita coletivamente que contará com a presença de representantes de movimentos sociais reconhecidos nacionalmente e de representantes do Governo Federal. Na sequência. os participantes trabalharão com Teatro do Oprimido, além de vivenciar canturias e danças populares da nossa cultura.



Sandra Sangaletti
RECID Santa Catarina
Comissão Organizadora do RECID MACROSSUL 2011



terça-feira, 5 de abril de 2011


RECID Santa Catarina promove Curso de Formação em Teatro do Oprimido



O Teatro do Oprimido é um método estético que reúne Exercícios, Jogos e Técnicas que objetivam a desmecanização física e intelectual de seus praticantes e a democratização do teatro, estabelecendo condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios de produzir teatro e amplie suas possibilidades de expressão, estabelecendo uma comunicação direta, ativa e propositiva entre espectadores e atores.
Nesse curso a Técnica do  Teatro do Oprimido que será aplicada é o Teatro-Fórum, a mais praticada em todo mundo.Teatro Fórum é um espetáculo baseado em fatos reais, no qual os personagens oprimidos e opressores entram em conflito de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses, Neste confronto,  o oprimido fracassa e o público é convidado a entrar em cena, substituir o Protagonista (oprimido) e buscar alternativas para o problema encenado.
O Curso tem por objetivo capacitar multiplicadores do Teatro do Oprimido (TO) para lideranças sindicais, comunitárias e estudantes do ensino de graduação e extensão em artes ênicas da UDESC.
O Objetivo maior é a apropriação e a utilização dos princípios metodológicos do TO para contribuir na ação política e fortalecimento das organizações sociais em suas estratégias de ações coletivas de um projeto de transformação social.
O curso é constituido de 30 horas cada; quatro horas mensais de atividades supervisionadas para companhamento do trabalho de base na comunidade; um momento de extensão denominado oficina intensiva de 16 horas com o grupo de base dos grupos constituídos nas comunidades que somada ao trabalho na base (em comunidades ou em organizações sociais ou sindicais) totalizam uma carga horária de cerca de 180 horas. Em novembro está prevista uma mostra de teatro com a apresentação das criações teatrais dos grupos comunitários.
Este projeto está sendo realizado pelo Centro de Teatro do Oprimido (CTO) e FOFA/UDESC com o apoio da RECID Santa Catarina e de diversos sindicatos sendo o Sindicato dos trabalhadores do Serviço Público Federal de Santa Catarina (SINTRAFESC), Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Florianópolis (SINTRASEM), Sindicato dos Eletricitários (SINERGIA), Sindicato dos Empregados do Comércio de Florianópolis (SEC-Floripa).

terça-feira, 1 de março de 2011


Militante de Direitos Humanos é brutalmente assassinado no Tocantins

    Militante de Direitos Humanos é brutalmente assassinado no Tocantins
    Sebastião Bezerra da Silva, coordenador do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia (TO) e secretário da Regional Centro-Oeste do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) foi brutalmente assassinado no último fim de semana.
    Encontrado na madrugada desta segunda-feira enterrado na área de uma fazenda no município de Dueré (228 km de Palmas), o corpo de Sebastião apresentava sinais de violência em várias partes, de acordo com a polícia.
    Representante regional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Silva atuou em casos polêmicos no Estado, como a denúncia contra policiais militares por prática de tortura e assassinatos. Mais recentemente, esteve envolvido na apuração da responsabilidade sobre o linchamento de um preso numa delegacia do interior.
    De acordo com relatos de membros da CDH e do coordenador da CPT (Comissão Pastoral da Terra) no Tocantins, Silvano Lima Rezende, Silva teve alguns dedos das mãos quebrados, dedos dos pés arrancados e havia sinais de agulhadas sob as unhas das mãos.
    A vítima vinha relatando aos companheiros que estava recebendo ameaças constantes por telefone. Acredita-se que o caso tenha motivação de vingança pelas ações que o Movimento de Direitos Humanos vem desenvolvendo na região onde ele atuava.
    Texto escrito com informações da Folha, CPT-Rondônia e site do MNDH copiando e colado do site da recid nacional.